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  • Foto do escritorLucas Dadalt

UNESP: A história da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"


Consagrada como uma das grandes universidades fomentadas pelo estado de São Paulo, tendo ao seu lado a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Unesp atua no ensino, na pesquisa e oferecendo serviços à comunidade. No último ano a Unesp ficou entre as dez melhores universidades da América Latina no QS World University Rankings.

Uma das características mais peculiares da Unesp é ser multicampi, somando 21 unidades no interior do estado, um na capital paulista e ainda outro no litoral.

História de sua criação

Entre os anos de 1950 e 1960, e contemplando diversas áreas de estudo, foram criadas unidades universitárias em vários pontos do interior paulista, como por exemplo as Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, Franca, Marília, Araraquara, São José do Rio Preto e Rio Claro.

Em 1975, no entanto, alguns embates sobre novas alternativas de organizar os Institutos Isolados do Estado de São Paulo começaram a ebulir em razão da difícil administração deles. Pensou-se, inclusive, em consolidá-los independentes da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Outras ideias, como a de integrá-los numa federação ou universidade também pipocaram, e essa última pareceu agradar mais.

Assim, em 1976, conforme previa a Lei nº 952 de 30 de janeiro de 1976, sob o governo de Paulo Egydio Martins, essas escolas conquistaram sua independência de direção e foi criada uma autarquia de responsabilidade do governo do Estado de São Paulo, a Universidade Estadual Paulista, que recebeu o nome de “Júlio de Mesquita Filho”.

Surgindo, então, da integração desses institutos isolados, hoje a Unesp se consolidou e é uma universidade de mais de 40 mil estudantes, possui uma lista de professores com mais 3 mil docentes e se espalha pelo interior, litoral e capital do estado de São Paulo oferecendo mais de 168 cursos de graduação.

Atualmente também a universidade de quase cinquenta anos está na lista das melhores do país, da América Latina e dos BRICS, além de estar entre as 100 melhores universidades jovens do mundo, e sua produção científica responde por 8% de toda a produção científica do Brasil, sendo uma das três maiores nesse quesito ao lado de Unicamp e USP. 

Estrutura e expansão

Durante as duas décadas seguintes à sua fundação - as décadas de 1980 e 1990 - com a intenção de criar uma identidade que fosse mais relevante que sua fragmentação, a Unesp aproximou-se ainda mais do interior do estado, incorporando as universidades de Bauru e Presidente Prudente, e criando novos cursos com a incorporação do Instituto de Física Teórica em 1987.

Unidades complementares e centros interunidades também surgiram com a intenção de deixar mais dinâmica a pesquisa e o diálogo entre os vários núcleos de produção científica da universidade. Museus com atividades coletivas e um projeto de integração de suas bibliotecas também foram criados nessa época.

Em 1989 o estatuto da Unesp criou pró-reitorias para que a administração fosse mais eficiente. A universidade aumentou ainda mais sua relevância com a criação da FundUnesp, Editora da Unesp, Jornal da Unesp, selo “cultura acadêmica”, onde mais de 120 livros podem ser baixados gratuitamente, e com projetos de informatização.

Na década de 90 a universidade passou a oferecer mais vagas e desde 2003 passou a expandir ainda mais suas regiões através dos Campi Experimentais, como é o caso do campus de Ourinhos.

Seu orçamento ultrapassou R$ 2.497.059.952,00 em 2017 e sua estrutura total conta, além dos 23 campi localizados em cidades do interior e litoral e na capital, com 1900 laboratórios e trinta bibliotecas em todas as suas unidades que somam mais de dois milhões e meio de livros.

A UNESP também é estruturada com hortos, jardins botânicos, biotérios e fazendas, além do Hospital das Clínicas de Botucatu, hospitais veterinários, como o de Jaboticabal, clínicas de psicologia, como a de Assis, e clínicas de outras especialidades como odontologia, fonoaudiologia e fisioterapia. 

Produção e ingresso 

Conforme já mencionado, em 2010, a Unesco, braço da da Organização das Nações Unidas (ONU), classificou a UNESP como a segunda maior responsável pela ciência do país, ao lado da Unicamp e perdendo apenas para a USP.

A forma de ingressar e estudar na Unesp é pela prova de vestibular, em que são cobrados conhecimentos de ensino médio. Além do exame, que é preparado pela Fundação para Vestibular da Unesp (VUNESP) e é dividido em duas etapas, alguns cursos exigem ainda um exame específico, como são os casos dos cursos de arte, design, arquitetura e educação física.

Anualmente a universidade abre suas portas aos calouros duas vezes, nos vestibulares de inverno e verão. Em média são quase noventa mil candidatos às provas do segundo semestre. 

Intercâmbio e reconhecimento internacional

Dada sua importância e grandeza, a UNESP dialoga com 140 instituições de outros cinquenta e dois países para proporcionar oportunidades de intercâmbio e cooperação mútua entre as instituições. Essas oportunidades encontram destinos na Argentina, Canadá e Estados Unidos – para o continente americano – e França, Alemanha, Portugal além de outros países europeus e de outros continentes.

Desde 2013 existe ainda o programa “Cursos Internacionais” que compreende as áreas de ciências agrícolas, literatura e linguística, energia alternativa e também odontologia.

O Guia do Estudante classificou a UNESP como a segunda melhor universidade pública. Outros rankings também dão destaque à Unesp, como a Classificação Acadêmica das Universidades Mundiais (ARWU) de 2017 que elencou a Unesp entre as posições 301 e 400 no mundo e a terceira do Brasil.

Outros ranqueamentos recentes, como o da  QS World University Rankings colocou a universidade paulista como a trigésima sexta dos BRICS (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul), a 4ª do Brasil e entre as posições 491/[-500/[ no mundo em 2017.

A britânica Times Higher Education (THE), em um publicação de 2013, considerou a Unesp, além da Unicamp, como uma das cem melhores universidades jovens – com menos de 50 anos desde sua fundação -  do mundo e a 82º dos países emergentes.  


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